Como é a Fisioterapia Pélvica com Biofeedback no Tratamento do Vaginismo
Vaginismo é uma condição caracterizada por contrações involuntárias da musculatura da vagina causando muita dor e dificuldade durante a relação sexual. Algumas mulheres não conseguem ter penetração e relatam queixas como dor, “vagina apertada” ou sensação de que algo impedisse a penetração. Algumas mulheres também relatam sentimentos como medo e ansiedade, esses sentimentos provavelmente aumentam a tensão muscular que consequentemente aumenta a dor, produzindo um ciclo de sensações desagradáveis.
A fisioterapia pélvica tem papel muito importante no tratamento do vaginismo. O principal objetivo do tratamento é o relaxamento consciente da musculatura do assoalho pélvico. Entre os diversos recursos utilizados podemos destacar:
Massagem Perineal
Dilatadores e Educadores
Biofeedback
Entre outros
Neste artigo, explicarei o uso do biofeedback na fisioterapia pélvica com o objetivo de proporcionar conscientização e relaxamento muscular no tratamento do Vaginismo.
Fisioterapia Pélvica com Bioffedback
O Biofeedback é um aparelho que transmite em tempo real na tela do computador ou do televisor as informações da contração do assoalho pélvico.
Ele transforma as informações captadas em gráficos com linhas e ilustrações que sobem durante a contração e descem durante o relaxamento.
Biofeedback na Fisioterapia Pélvica para Tratamento de Vaginismo
Normalmente, mulheres com vaginismo têm dificuldade de relaxar a musculatura de forma adequada, ou seja, dificuldade em “descer a linha” no gráfico (ilustração 1 – Beija Flor). É comum também apresentarem contração inadequada devido à tensão muscular e pontos de gatilho de dor (ilustração 2 – Balão).
Através da imagem na tela, fica mais fácil para a paciente identificar a forma correta de relaxar e contrair seguindo as orientações da fisioterapeuta pélvica e dos protocolos programados no aparelho.
O tipo de Biofeedback recomendado para Vaginismo, principalmente na fase inicial do tratamento, é o Biofeedback Eletromiográfico já que ele permite o exercício com eletrodos adesivos superficiais ou seja, que não é necessário introduzir na vagina.
Fisioterapeuta Pélvica, Diretora da Clínica Urobecken e Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia na Saúde da Mulher. (saiba mais sobre a Dra Isabel)